terça-feira, 6 de novembro de 2007

Poluição das Águas Oceânicas

O lançamento de resíduos orgânicos acima da capacidade de absorção pelos organismos decompositores e o de resíduos inorgânicos não-biodegradáveis, muitos inclusive tóxicos e cumulativos, nos mares, caracterizam o que chamamos genericamente de poluição das águas. As fontes de poluição das águas são várias e estão muito dispersas pela superfície terrestre. Embora o fenômeno seja mais concentrado e mais visível nos complexos sistemas urbanos, surge também nos ecossistemas naturais e agrícolas. Uma das piores formas de poluição das águas num ecossistema natural é o derrame de mercúrio nos rios, lagos e mares. O mercúrio, metal pesado e extremamente tóxico, tende a se concentrar no organismo dos animais, como os peixes. Como essa concentração é cumulativa, tende a ser muito maior no último elo da cadeia alimentar, que é justamente o homem. Por se acumular mais facilmente no cérebro, provoca sérios problemas neurológicos. Outro caso grave de poluição das águas que sempre ocorre é o derrame de petróleo nas águas oceânicas.

Olhe o que o derrame de petróleo pode fazer:

As Marés Negras

As Marés Negras são o resultado de derrames de petróleo que ocorrem nos nossos oceanos. Os produtos petrolíferos têm efeito nefasto sobre toda a vida marinha e litoral onde atuam. As correntes marinhas facilitam a formação de marés negras, que se abatem sobre as praias e outras zonas costeiras.
Portugal, embora beneficie de uma "limpeza" pelas correntes oceânicas do Atlântico, é um país que tem um elevado risco de ocorrência de acidentes deste tipo. Todos os dias, cruzam a nossa zona exclusiva à volta de 70 navios, 12 deles petroleiros.


Estes navios transportam 30% do petróleo mundial e as zonas portuárias de Sines e Leixões recebem mais de 30 milhões de toneladas de petróleo por ano. Devido a isso, registraram-se desde a década de 70, vinte e seis acidentes graves com petróleo, dos quais se destacam os ocorridos nesta década no Porto Santo e na região do Porto.
Este tipo de poluição aquática, não se dá só devido a vários acidentes com os navios de petróleo. Muitas vezes, a poluição dos mares também resulta de despejos ilegais das lavagens dos porões dos navios no mar - em cada viagem, os petroleiros descarregam em alto mar, cerca de 1% do seu carregamento.
Esta percentagem pressupõe ao fim de alguns anos, a existência de muitos milhares de toneladas de produtos petrolíferos espalhados pelos oceanos.


Em Portugal, em Abril de 1991, na costa alentejana, deu-se um dos piores acidentes ecológicos nas águas portuguesas. Recentemente, em 1999, deu-se a 24 de Janeiro um acidente com um navio de petróleo, O Courage, em Aveiro, poluindo as praias aveirenses.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Efeito Nefasto das Marés Negras Sobre a Vida Marinha

A contaminação do meio ambiente por produtos petrolíferos tem como efeito a diminuição da fotossíntese, o tornar difícil a oxigenação das águas devido à camada de hidrocarbonetos e a intoxicação de muitos animais.
As aves e vida marinha são os principais seres vivos prejudicados pelas marés negras.
Quanto mais elevado for o nível do organismo na cadeia alimentar, maior é a concentração de poluentes que podem acabar por acabar por afetar os humanos, pois estes também são um elo da cadeia alimentar.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O "Lixão do Planeta Terra"


Os oceanos têm sido o depósito final dos dejetos humanos. Com o advento da produção de plásticos, isopores e espumas este problema vem se agravando dia-a-dia. Em 1998, o lixo recolhido aqui no Brasil teve a seguinte composição: 66,9% de plásticos, 11,45% de metais, 5,4% de vidros, 7,14% de papéis, 5,84% de madeiras, 2,42% de borrachas e 0,82% de tecidos. Estes dados são alarmantes uma vez que os plásticos representam mais de 60% do nosso lixo, e não são degradáveis a curto prazo. A longa vida útil deste materiais devido a baixa taxa de biodegradação tem acumulado montanhas de resíduos sólidos nos oceanos.